segunda-feira, 22 de agosto de 2011


Sabe amor...
Ontem já passou.
Hoje é ELE que vive aqui.
Com você aprendi, que hoje não consigo viver sem ti.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Borboleta

O que fazer borboleta da fantasia?
Para desabrochar?
do mundo fantasioso da ilusão
colorida, para as asas reais
do mundo preto e branco que criaram?
Para sempre te ver no casulo?
O que fazer?

Pollyanna

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Aspas em demasia...

Cansei das aspas, agora sou eu, agora é daqui de dentro que brota e é tudo por completo do meu próprio pensamento. O estudo por obtenção de créditos me fez glamourosamente pobre de caridade para com o meu sentimento e o alheio. As aspas me fizeram preguiçosa por pensar, por agir e por viver. Cansei. Agora não terão mais aspas, agora apenas suor, tendinite e pensamento ativo. O trabalho será forte este ano, não apenas na escrita que independe de ser postada ou não, o que importa é que seja escrita. O trabalho será intelectual, moral, físico e espiritual. Todo ano pedimos coisas boas, sorte, saúde, paz! Acho que este ano eu não pedi muito. Este ano darei-me de presente todas essas evoluções , darei a mim e a todos que comigo convivem. Fim de toda tristeza,rancor, mágoa e falta de sorte, que aquele que não a teve no ano que se foi, saiba neste ano, como criá-la, como atraí-la. Só assim será possível botar de vez um fim nas aspas.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Em A reforma da natureza, ela inventa o "livro comestível": "(...) Em vez de impressos em papel de madeira, que só é comestível para o caruncho, eu farei os livros impressos em um papel fabricado de trigo e muito bem temperado. (...) O leitor vai lendo o livro e comendo as folhas, lê uma, rasga-a e come. Quando chega ao fim da leitura, está almoçado ou jantado."

Monteiro Lobato

domingo, 16 de novembro de 2008

terça-feira, 20 de maio de 2008

O texto por si só fala por mim.
Abraços!


EU

"Eu sou lúcida na minha loucura, permanente na minha inconstância, inquieta na minha comodidade. Pinto a realidade com alguns sonhos, e transformo alguns sonhos em cenas reais. Choro lágrimas de rir e quando choro pra valer não derramo uma lágrima. Amo mais do que posso e, por medo, sempre menos do que sou capaz. Busco pelo prazer da paisagem e raramente pela alegre frustração da chegada. Quando me entrego, me atiro e quando recuo não volto mais. Mas não me leve a sério, sei que nada é definitivo. Nem eu sou o que penso que eu sou. Nem nós o que a gente pensa que tem. Prefiro as noites porque me nutrem na insônia, embora os dias me iluminem quando nasce o sol. Trabalho sem salário e não entendo de economizar. Nem de energia. Esbanjo-me até quando não devo e, vezes sem conta, devo mais do que ganho. Não acredito em duendes, bruxas, fadas ou feitiços. Não vou à missa. Nem faço simpatias. Mas, rezo pra algum anjo de plantão e mascaro minha fé no deus do otimismo. Quando é impossível, debocho. Quando é permitido, duvido. Não bebo porque só me aceito sóbria, NÃO fumo pra enganar a ansiedade e não aposto em jogo de cartas marcadas. Penso mais do que falo. E falo muito, nem sempre o que você quer saber. Eu sei. Gosto de cara lavada — exceto por um traço preto no olhar — pés descalços, nutro uma estranha paixão por camisetas velhas e sinto falta de uma tatuagem no lado esquerdo das costas.

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Mas há uma mulher em algum lugar em mim que usa caros perfumes, sedas importadas e brilho no olhar, quando se traveste em sedução. Se você perceber qualquer tipo de constrangimento, não repare, eu não tenho pudores mas, não raro, sofro de timidez. E note bem: não sou agressiva, mas defensiva. Impaciente onde você vê ousadia. Falta de coragem onde você pensa que é sensatez. Mas mesmo assim, sempre pinta um momento qualquer em que eu esqueço todos os conselhos e sigo por caminhos escuros. Estranhos desertos. E, ignorando todas as regras, todas as armadilhas dessa vida urbana, dessa violência cotidiana, se você me assalta, eu reajo."(Martha Medeiros)